domingo, 11 de novembro de 2007

Homero, o poeta cego

A história da Guerra de Tróia alcançou a imortalidade devido a um poeta. Os gregos antigos, ao contrário de muitos especialistas que surgiram depois (como o italiano G.Vico e o filósofo alemão C. Wolf), acreditavam que a soberba narrativa da conquista de Ílion e o que se seguiu, resultou dos versos de um rapsodo cego chamado Homero. Vivendo provavelmente no século VIII a.C., ele costumava peregrinar pelas cortes e pelas ágoras, os mercados públicos das polis daquela época, a repetir em estrofes candentes, entusiastas, cosendo os cantos uns nos outros, os memoráveis feitos dos aqueus (também designados como argivos e danaos), antepassados dos gregos.Segundo o costume, apresentava-se em pé, apoiado num bastão, narrando de memória em voz alta para que todos ouvissem, preservando assim a memória dos combates dos másculos heróis do passado. Teria sido ele o principal responsável por dar uma unidade cultural a todos o povo do continente da Ática, da península do Peloponeso e das ilhas do Mar Egeu de fala grega. Para Hesíodo, foi Homero quem constituiu a “teologia nacional da Grécia”. É consenso hoje que “nenhum poeta, nenhuma personalidade literária ocupou na vida do seu povo um lugar semelhante” (M.I.Finley, 1972).Fonte:http://educaterra.terra.com.br/voltaire/antiga/2004/05/14/001.htm

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